domingo, 10 de abril de 2011

Nuances da nova estação


O que se quer atingir?
A última parada não transpôs o presente
Ficou descuidada, numa estrada sem volta, 
Estagnada na última estação 
Dividida entre o intenso desejo e a fleuma do recomeço 
Ali, ficaram também os desembaraços, empates e motins 
O trem apenas prossegue... 
Rumo ao presente real, maduro e racional 
Ilusão? 
Foi deixada para trás. 
Ficou apenas as nuances de um tempo que se foi 
Obscuro, sem cor ou rancor... 
Serenas memórias perdidas no tempo 
Paradoxo da desilusão 
Sem direito à reconstrução 
A luz opaca, indefinível, no fim do túnel 
Elucida os caminhos do agora 
Tangível e consequente 
Apenas.
 
 
 
Patrícia Nara da Fonsêca Carvalho

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