Senhora – José de Alencar
Sinopse: Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso -, a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.
Passado algum tempo, Aurélia, já órfã, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente.Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época.
Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor, o tio Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento.
Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando se sente um felizardo, pois, na verdade, nunca deixara de amá-la. E abre seu coração para ela.
A jovem, porém, na noite de núpcias, deixa claro: "comprou-o" para representar o papel de marido que uma mulher na sua posição social deve ter. Dormirão em quartos separados. Aurélia não só não pretende entregar-se a ele, como aproveita as oportunidades que o cotidiano lhe oferece para criticá-lo com ironia. Durante meses, uma relação conjugal marcada pelas ofensas e o sarcasmo se desenvolve entre os dois.
Fernando, todavia, trabalha e realiza um negócio que lhe permite levantar o dinheiro que devia a Aurélia. Desse modo, propõe-se a restituir-lhe a quantia em troca da separação. Considerando o gesto uma prova da regeneração de Fernando, Aurélia, que nunca deixara de amá-lo, é vencida pelo amor. Ao receber o dinheiro, entrega-lhe a chave de seu quarto e o casamento se consuma, afinal.
Mentes perigosas - o psicopata mora ao lado.
Sinopse: Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem. "Mentes Perigosas" discorre sobre pessoas frias, manipuladoras, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa. Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria da população: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem". Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados. Por serem charmosos, eloqüentes, "inteligentes" e sedutores costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são. Visam apenas o benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade. Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, o que a sociedade desconhece é que os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns.
Download: http://www.blogger.com/goog_194802543
Por: Angélica Camargo.
· Cartas do coração, uma antologia de amor, de Elizabet Orsini (org.). rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Compilação de dezenas de cartas de amor escritas por personalidades, como o compositor Beethoven, os escritores Graciliano Ramos, Machado de Assis, Olavo Bilac, Fernando Pessoa e outros.
· eu@teamo.com.br; o amor dos tempos modernos da internet, de Letícia Wierzchowoski e Marcelo Pires. Porto Alegre: L&PM, 1999.
O livro reproduz a correspondência eletrônica trocada entre o publicitário Marcelo Pires e a escritora Letícia Wierzchowoski e, atavés de muita mensagens, conta um inspiradora história de amor nos tempos da internet.
Por: Alexandre Sampaio
Crítica
Literária (Comentários)
1°
Livro: O Código Da Vinci
Autor:
Dan Brown
Editora:
Sextante
É fascinante a
narrativa que se segue, priorizando conhecimentos arquitetônicos e místicos.
Dan Brown se consolida como maior escritor da atualidade, sua habilidade inata
para a ficção se mantendo cético ao descrever sobre sociedades secretas não se
prendendo a dogmas religiosos alcança níveis lotáveis de bilheteria. Seu
personagem Robert Lagdon, sulista americano e professor de simbologia de
Harvard, vivem intensas aventuras que prende o leitor da primeira a última
página, mas estaria sendo um leigo se não notificasse as inúmeras críticas que
se sucedem em volta da história do livro, claro que se vivêssemos na Idade
Média, a igreja teria imposto o índex, catálogo de livros cuja leitura era
proibida. Porém são necessárias compreensões amplas e abrangentes, é visto como
um contraponto na esfera social, onde existem seres que buscam o racional
quando se associa a tradições ou conhecimentos retrógrados. O Código da Vinci
traz idéias, pensamentos e teses sobre a arte de Leonardo da Vinci destacando
Mona Lisa sua obra mais conhecida, vocês ficaram atônitos para descobrir o
final desta emocionante história, mas não deixe de idolatrar a dúvida para que
saiba distinguir as inverdades contidas no livro.
2°
Livro: A Cabana
Autor:
Willian P. Young
Comentário:
Rafael Alves – 3° Período “D”.
Curioso o formato e
emanação dos acontecimentos que mescla a espiritualidade e a dor humana, mas
quero registrar minhas insatisfações perante o sucesso alcançado por A Cabana,
não consigo ver uma história estipulada ficção trabalhar de forma minuciosa auto-ajuda,
o personagem que supostamente teria perdido a filha, revive os acontecimentos
ao receber um bilhete enviado por Deus ele retorna ao cenário de horror para
superar mediante os destroços deixados pelo tempo a ausência de sua Missy.
Deparando-se com moradores celestiais (Pai, Filho e Espírito Santo), Mack Allen
Phillips possui características de uma figura obscura distante da realidade
cônjuge e profissional, através desse encontro ele poderá recuperar o ânimo pela
vida. Porém o clímax aponta a independência que teria distanciado o homem da
face de Deus, a presunção e fatores como a hierarquia é visto pelo autor como
causas primordiais, mas ele mesmo se torna ambíguo ao criar essa independência
na imagem do Criador se posicionando como uma mulher negra que adora cozinhar.
É impressionante a descrição de cenário e fotografia, movimentos empíricos
contribuem para a construção das cenas, William P. Young possui excelentes
articulações que caracterizo como erudito o que rendeu tamanho impacto ao
público.
3°
Livro: Querido John
Auto:
Nicholas Sparks
Editora:
Novo Conceito
Garanto a vocês que não
sou um leitor voraz quando se trata de romances, mas é quase impossível ignorar
a sensibilidade empregada nas obras de Nicholas Sparks, seu formato peculiar e
bastante insólito fomenta histórias de superação e amadurecimento. Denota John,
jovem rebelde que vive com o pai na Carolina do Norte. Sustenta uma relação
complexa e dramática não consegue compreender as reais necessidades do pai que
por sua vez se abstém dos transtornos do filho, se vê obrigado ao alistamento
militar, durante sua licença conhece Savannah a garota dos seus sonhos. Há
troca mútua de sentimentos e olhares, instiga a ler a próxima página. Porém o
pitoresco ocorre, os atentados de 11 de setembro mudariam seus caminhos para
sempre, e John terá que escolher entre salvar a sua pátria ou se entregar ao
amor de Savannah. Quando retorna a Carolina do Norte, percebe que o tempo
possibilita transformações imagináveis. Querido John, ressurge com a linguagem
formal foco para as cartas e bilhetes que guiam os personagens nessa trama
cativante, além da crítica sobre os limites e parâmetros do exército americano
cria-se uma lição de vida onde o equilíbrio esta no diálogo familiar e na
reciprocidade dos filhos. Minhas concepções ultrapassam o estipulado “Romance”,
trata-se de análise intrínseca espiritual e humana, minhas solicitações ao
autor Nicholas Sparks.
4°
Livro: Mentes
Perigosas – O Psicopata Mora ao Lado
Autor:
Ana Beatriz Barbosa Silva
Editora:
Fontanar
A Psicose ocupa hoje o
centro dos debates jornalísticos, a necessidade de compreender mentes torpes
que gesticulam no cunho social tem se tornado freqüente. Mentes Perigosas,
coordenado pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa é visto como um manual psíquico
para identificar essas discrepâncias humanas, segundo a autora à psicopatia não
pode ser entendido como uma doença mais comportamentos antisocias. Ao longo da
narrativa a psiquiatra me surpreende quando expõe o tema de forma acessível,
tendo em vista a credibilidade técnica e a forma eloqüente de descrever. Há
relatos de vítimas, que inclusive ganharam conhecimento popular e mexeram com a
opinião do brasileiro, mas além das características desses indivíduos a autora
levanta uma questão polêmica sobre a consciência genuína, que segundo
religiosos descendem do ser divino. Os Psicopatas estão incorporados em bons
políticos, bons maridos e bons profissionais que segundo o livro são
destituídos de compaixão. Como leitor percebo a forma sutil criada pela doutora
Ana Beatriz em distinguir um esquizofrênico de um ser inescrupuloso, onde
gozada de sua formação ela remete dados e estatísticas que comprovam tal
diferença. A obra apresenta um déficit no setor carcerário que não possui
condições de recepcionar mentes fechados e extremamente egocêntricas, de uma
forma geral foi uma excelente leitura, possibilitando uma viagem ao
desconhecido.
5°
Livro: A Menina que roubava Livros
Autor:
Markus Zusak
Comentário:
Rafael Alves – 3° Período “D”.
Há tempos que não leio
semelhante obra, onde a perseguição torna a ser o interlocutor. Percebo a
importância contida nos relatos feitos sobre a Segunda Guerra Mundial, onde a
Alemanha vivia um período de repressão e ditadura. Surge Liesel Meminger uma
garota recém adotada por um casal tipicamente europeu, oriunda de uma família
simples Liesel presencia a morte do irmão nos braços da mãe, o que resulta no
abandono e em transtornos que a leva cometer pequenos “furtos literários”,
talvez para preencher o âmago e encontrar sua existência. O “Manual do Coveiro”
foi o primeiro de uma série de livros que ajudaram Liesel a desviar seus
pequenos caminhos da encruzilhada odisséia mortal, tudo parece ampliar com a
chegada de um judeu que de forma inusitada se abriga no porão da família, se
consolida uma intensa amizade onde ambos servem de estrutura para dinamizar as
frustrações do passado. Constata-se morbidez e, sobretudo uma visão bastante
curiosa dos ataques militares e seus respectivos impactos na vida de cidadãos
alemães. Infelizmente não identifiquei um propósito sólido para tamanho
sofrimento vivido pela protagonista, a busca incessante pelo encontro da morte a
torna uma figura negra e bastante gótica se comparado com seus pensamentos, manifesto
minhas dúvidas perante a trama e aguardo novas de Markus Zusak.
6°
Livro: Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas
Autor:
Augusto Cury
Comentário:
Rafael Alves – 3° Período “D”.
Augusto Cury sem dúvida é o autor dos
acadêmicos e objeto de estudo de sociólogos e cientistas políticos, pois
através de suas obras que julgo perfeccionistas consegue tecer com bastante
eficácia a mente do homem e como ela esta alheia há males arbitrários. Auto
Ajuda se tornou um gênero popular, de forma geral todos os indivíduos buscam se
encontrar na sociedade através de suas origens mentais e preparando o corpo e
alma para enfrentar a “Selva do Homem”. A necessidade de se ter uma mente
saudável é imprescindível segundo o autor para viver em perímetro social. Mas a
insegurança, timidez, imaturidade e pessimismo são fatores que implicam de
forma direta nos rendimentos cognitivos, atrapalhando seus relacionamentos e
colocando em risco seu senso de perspicácia. Com base nas teorias de
“Inteligência Multifocal”, Augusto Cury exemplifica um amor inteligente que não
aprisiona e asfixia, mas libera autonomia e liderança construindo assim uma
mente brilhante. Quando surgem transtornos psíquicos é resultado de um comportamento
leviano, pois a saúde mental é pautada no equilíbrio e não se associa aos
ímpios. O dinamismo do autor é bastante viável, pois o mesmo adere uma postura
suave ao relator os fatos fazendo o leitor acompanhar sua linha de raciocínio,
há maestria de Augusto Cury é uma notável façanha. Encerro com a seguinte
frase:
“As grandes idéias surgem da observação
dos pequenos detalhes.” (Augusto Cury).
7°
Livro: Guardião de Memórias
Autor:
Kim Edwards
Comentário:
Rafael Alves – 3° Período “D”.
É impressionante a forma metódica, que
assegurada com metáforas e elementos figurativos alimentam uma trama ímpar,
abordando conflitos e temáticas vividas por um casal ingênuo que cultiva um
amor pungente. Além de contribuir para o esclarecimento da Síndrome de Dawn,
anomalia genética que causa estarrecimento e perplexidade aos olhos daqueles
que vivenciam com amplitude esse mal. Inverno de 1964, uma forte nevasca obriga
Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos
gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico
logo reconhece na menina sinais de uma patologia grave. Guiado por um impulso
instantâneo, movido por traumas do passado. Henry toma uma atitude que mudará
para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte, ele pede a sua
enfermeira Caroline que encaminhe a criança a um instituto de adoção, e diz à
esposa que a criança morreu. Carolina não se contém perante a fragilidade de
Phoebe e decide criá-la. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar da dor de
ter perdido sua filha. A partir daí, se inicia uma intrincada trama rodeado de
segredos, traições e mentiras. O desenvolvimento paralelo dos protagonistas é
um sinônimo relevante, já que a ficção deseja construir uma realidade a partir
de ações edificadas no passado, o que possibilita uma leitura agradável. Porém
possuo algumas críticas que devem ser mencionadas, a autora tinha nas mãos um
tema técnico extremamente solúvel para a sociedade. A Síndrome de Dawn é ainda tabu
em nossa sociedade e a trama infelizmente não possui diálogos extensos e
sólidos que exemplifique melhor esse transtorno.